Quem vem a Cuiabá e come cabeça de Pacu jamais vai embora. Se for, terá tanta saudade que acabará retornando.
Essa lenda, muito viva nas letras de músicas e contos dos poetas regionais, e nas brincadeiras com os migrantes e turistas, tornou-se mais que uma referência histórica da capital mato-grossense, é símbolo da cuiabania.
De acordo com a lenda local, contada através de ribeirinhos dos Rios Coxipó e Cuiabá, quem come cabeça de Pacu nunca mais saí de Mato Grosso. Se o viajante for solteiro não demorará a casar com uma moça da terra, caso for casado, vai fincar raízes e permanecer no estado.
Para muitos isso não passa de uma lenda contada de geração em geração, mas há os que acreditam que a histórias seja verdadeira.
Para o seu Arleniel Gonçalves da Silva, 63 anos, a história é verídica e traduz uma fase da vida dele que é lembrada até hoje com muito carinho. Ele conta que em 1980 chegou á Cuiabá para trabalhar em uma obra de construção como pedreiro, e conforme as semanas se passaram, um belo dia foi apresentado por um amigo a uma simpática dona de uma peixaria na típica região do São Gonçalo Beira-Rio, localidade famosa por abrigar diversas peixarias com estruturas"rústicas", que mantém viva até hoje a tradição cuiabana
Dona Lúcia já era famosa por seus pratos muito bem produzidos, com toques caseiros e temperos na medida. Seu Arleniel juntamente com seu amigo fizeram uma refeição no local, e assim que ele experimentou as delícias típicas que eram servidos se encantou mais ainda pela cidade.Rapidamente quis saber quem era "as mãos de fada" que preparou tal iguaria com tanta perfeição.
Ele relembra que assim que conheceu o sabor dos pratos típicos, bem como o caldo de cabeça de pacú e a bela cozinheira que com tanto carinho os preparou, foi amor á primeira vista, e assim um tempo depois casou com dona Lúcia, virou fã da comida cuiabana e daqui de Cuiabá não saiu mais.
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